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Bigu e Clotilde em: Dia da vacina

Bigu está dormindo embaixo do tanque, o lugar mais fresco da casa.
Quando ouve a Clotilde chegando e gritando seu nome toda afoita.
– Bigu! Bigu! Bigu! Bigu!
– O que foi, mulher?
– Mulher não. Você me respeite que eu sou uma cachorra.
– Ah você entendeu. Mas por que você está tão desesperada desse jeito?
– Uma tragédia! Uma tragédia!
Bigu fica apreensivo.
– Não vai me dizer que sumiram com minha bolinha?
Bigu levanta e começa a procurar pelo quintal sua bolinha.
Ele a acha perto do vaso de plantas e volta correndo com ela na boca.
– Ela ta aqui! Por que você me assustou desse jeito?
Clotilde fica irritada
– Ai cachorro dos infernos. Que bolinha o que. É algo muito pior que perder essa sua bolinha estúpida.
– Minha bolinha não é estupida. Ela fica pingando, quer ver.
Ele levanta a bolinha e a solta. Ela sai pingando pelo quintal.
Quando ele ameaça sair para pegá-la, Clotilde morde sua pata.
– Aiiiii! Por que você me mordeu?
– Por que você merece. Eu nem sei por que eu ainda tento falar com você.
– Desculpa! É que eu gosto muito da minha bolinha.
– Esquece essa maldita bolinha. Temos que nos preocupar com uma coisa muito mais grave.
– Com o quê?
– Eu ouvi nossa dona falando que hoje é dia de vacina.
– O que????
– Pois é. Estamos ferrados! Estamos ferrados!
– E agora, o que faremos?
Nesse momento Isabela, já com 3 anos, vai para o quintal encontrar seus cachorrinhos.
Clotilde diz:
– Ih, vem vindo alguém! Corre, vamos nos esconder.
– Boa ideia.
Clotilde sai correndo e entra embaixo do sofá que tem no quintal.
Bigu, que é bem maior que a Clotilde tenta fazer o mesmo, mas somente sua cabeça cabe embaixo do sofá.
Clotilde diz:
– Sai daqui seu burro. Você não cabe aqui e eles vão me achar também.
Isabela vê o Bigu e diz:
– Ei Bigu, o que está fazendo? Deixou sua bolinha cair embaixo do sofá novamente? Deixa que eu pego.
Bigu volta seu olhar para a Clotilde, que está furiosa olhado para ele.
Isabela se abaixa e vê a Clotilde.
– Ei Clotilde, o que está fazendo ai?
Ela puxa a Clotilde debaixo do sofá e a levanta em seu colo.
Clotilde continua olhando furiosa para o Bigu que disfarça o olhar.
Isabela diz:
– Do que vocês estão brincando?
– De esconde-esconde – disfarça a Clotilde.
– Mentira! Nós estamos tentando nos esconder dos seus pais. – responde Bigu.
– Dois meus pais? Ué, por quê?
– Por que a Clotilde ouviu eles dizendo que hoje é dia de vacina. E temos muito medo de vacina.
Isabela ri.
– Não precisa ter medo, seus bobos. É uma picadinha de nada. Vocês não vão nem sentir dor.
“Ding Dong”
– Olha lá. Tocou a campainha. Deve ser o doutor que vai dar vacina em vocês.
Clotilde começa a balançar no colo da Isabela tentando fugir. A menina segura ela com mais força.
Bigu começa a correr em círculos pelo quintal.
Isabela grita:
– Parem vocês dois! Nunca vi cachorros tão medrosos. Vão tomar vacina sim! E parem de ser chorões.
Nesse instante seus pais chegam com o doutor.
Isabela vai em direção a eles tentando passar toda segurança para a Clotilde, que está tremendo em seu colo.
Ela fala baixinho para a cachorra:
– Já falei que não precisa ter medo. Essa vacina não dói nada!
Ela estica os braços em direção à sua mãe e entrega a Clotilde.
– Pronto, está aqui! – diz Isabela.
Sua mãe pega a Clotilde.
Seu pai diz:
– Que corajosa você, filha!
E pega a Isabela no colo.
Ela abraça seu pai toda sorridente.
O doutor diz:
– Corajosa mesmo. Ainda mais que essa vacina é um pouco dolorida. Pai, segura o braço dela?
O pai segura o braço da Isabela.
Ela diz:
– Segurar meu braço pra que, papai?
Ela acabou de falar essa frase e já sentiu a picada da agulha.

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– BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!
Seu pai e sua mãe a consolam:
– Pronto passou, passou.
Eles a deixam no chão e vão acompanhar o doutor até o portão.
Isabela continua chorando.
Clotilde e Bigu se olham e respiram aliviados.
Eles vão até a Isabela e a lambem.
Ela fica fazendo carinho neles.
Seu braço já não dói mais.

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