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Parto normal ou cesárea? – minha visão masculina

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Um tema que causa bastante debate e polêmica é sobre parto normal ou cesárea.

Como esse assunto envolve muito mais as mulheres e também existem diversos textos sobre benefícios de um e de outro, como esse do Dr. Drauzio Varella, vou tentar dar uma visão um pouco diferenciada.

Não vou dizer que é uma visão masculina do assunto, porque não fui eleito representante dos homens para falar sobre e nem tenho conhecimento suficiente para tanto.

Mas, vou contar a minha experiência.

Minha filha nasceu de cesárea. A mamãe em momento algum cogitou parto normal.

Ok! Corpo dela, decisão dela.

Mesmo porque em nenhum lugar eu li que a forma do parto determina se a criança vai ter mais ou menos saúde, sucesso, alegria, etc.

Enfim, como disse, não é esse caminho que eu quero seguir com o texto.

Então, voltando…

Minha filha nasceu de cesárea. O que foi legal porque pudemos escolher uma data significativa para nós.

Mas, para mim ficou uma ponta de frustração.

A gente cresce vendo filmes e, de certa forma, criamos expectativas baseadas neles.

Eu sempre imaginei recebendo a famosa frase:

– Minha bolsa estourou!

Correria para tudo quanto é lado (do homem, é claro). A mulher que está com dor das contrações já sabe tudo que tem que fazer e ainda tem que tranquilizar o cidadão.

Aquele desespero a caminho do hospital.

– Aguenta aí! Força! Respira! Aperta minha mão! Solta que está doendo! Força! Falta só um pouco! Você consegue!

Gritos por parte dela de dor e por fazer força.

De repente os gritos se encerram e se ouve um choro. O som desse choro seria algo parecido como o cantar de um anjo.

Isso, por ter sido cesárea, eu não tive.

Acredito que não teria também se fosse parto normal. Talvez eu assista filmes demais. Ou talvez eu possa fazer meu próprio filme sobre isso tamanho o delírio.

Mas, vou te falar o que eu tive por ter sido cesárea.

Caminho tranquilo para o hospital.

Uma cervejinha gelada de almoço para brindar tudo que estava por vir.

Amigos chegando para ver o parto (foram mais de 20 pessoas assistindo).

A paramentação e a espera por ser chamado. Meu Deus, quanta ansiedade.

Aqui cabe um detalhamento do ocorrido.

Acabei de vestir a roupa e estou esperando em um corredor com mais 2 pais. Uma funcionária dentro de uma salinha olha na tela do computador e chama um pai. Em poucos minutos olha novamente para o computador e chama o outro pai. Só sobrou eu, está chegando o momento!

De repente ela levanta, fala com uma amiga que está no corredor conversando com um médico para ficar de olho quando me chamassem e sai. A amiga continua no corredor conversando com o médico. Mais de 10 minutos e ninguém me chama. Os outros foram rapidinhos. Ou será que chamaram e ela não viu no computador?

O tempo passa e eu não aguento. Pergunto para ela. Ela sorri e diz:

– Calma que ainda não chamaram.

CALMA?

Eu to calmo, só queria te dizer para você parar de ficar se oferecendo para o médico, ele está com cara de cansado, tem aliança no dedo e você é muito feia, agora tenha um pouco de vergonha na cara, deixa ele ir embora e vai olhar na telinha ver se não me chamaram!

Juro que pensei em falar isso.

Logo depois esse pensamento budista toca o telefone. Ela vai atender e fala para eu ir.

pensamento-budista

É verdade! Não era no computador que a outra funcionária via. Tocava o telefone. Ainda bem que não falei nada.

Fui para sala e encontrei minha mulher deitada, a cirurgia já havia começado.

Fico do lado dela. Ela não podia ver nada, pois tinha um lençol ou sei lá o que era aquilo que não permitia que ela olhasse.

Ela me pergunta o que está acontecendo e eu digo:

– Fica tranquila, só estão enfiando um pé de cabra na sua barriga.

Não sei como chama aquilo que colocaram. Acho que era para abrir mais espaço.

Vou para a direção dos pés dela para ver melhor o nascimento e tirar fotos.

Tudo ocorreu normalmente.

A criança nasceu sadia.

A mamãe ficou bem, sem maiores complicações. E já disse que caso tenha outro vai querer tudo igual.

Eu? O que ela decidir eu apoio.

2 comentários em “Parto normal ou cesárea? – minha visão masculina

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