6 anos – Crescendo, crescendo, crescendo…

6-anos

Já?

Já passou 1 ano?

Já passaram 6 anos?

Pois é, já!

Seu corpo já não tem mais traços de neném. Está virando uma moça já. Estou exagerando? Talvez.

Esse ano foi o que você mais ficou independente do papai e da mamãe. Indo ao banheiro sozinha. Dormindo fora sem chorar. Querendo fazer seu próprio leitinho com crocante.

Sem contar o fato de estar aprendendo a ler e escrever!!!

Sabe filha, final do ano passado o papai combinou com você de sairmos uma vez por mês só nós dois. E saímos…. apenas 1 vez. Infelizmente, pois foi um dia muito especial.

Vieram as festas de final de ano, viagem no começo, aniversários, carnaval… enfim. Acabamos não saindo mais.

E quando as coisas pareciam se acertar e retomarmos da onde paramos, veio uma pandemia.

Porém, esse mesmo coronavírus que nos prende também ajudou a me libertar.

É difícil explicar, mas vou tentar.

Ver você crescer sempre foi muito bom, mas ao mesmo tempo era algo doído. Pois, cada ano que passa e você se torna mais independente eu me sinto (ou me sentia) um pouco menos útil.

Sem contar que por mais que eu estivesse sempre por perto, aproveitando você todos os dias com brincadeiras, palhaçadas, canções, carinhos, beijos e colos eu sentia que eu não estava aproveitando você ao máximo. E por isso doía.

Mas, com esse confinamento obrigatório eu entendi o porque eu sentia isso. Porque você saía de manhã e voltava a noite para casa. E estando em casa tinha que entrar na rotina: banho, jantar, brincar um pouquinho, arrumar a bagunça e cama.

E muitas vezes esse processo se desenvolvia em meio a muitas broncas.

Agora não. Agora eu estou praticamente 100% do meu tempo perto de você. Sendo que mais da metade desse meu tempo é dedicado a você.

Preparar seu café da manhã. Te distrair um pouco. Te dar almoço. Te ajudar a preparar para a escola. Acompanhar suas aulas. Deixar seu lanche pronto para quando chegar a hora do intervalo você já poder comer e se divertir antes de voltar para o segundo turno. Acompanhar o final da aula. Ajudar a guardar o material. Te dar banho. Preparar seu jantar. Pensar em formas de colaborar com o que é ensinado na escola.

Brincar de soletrar palavras com você é muito gostoso e recompensador.

Então tudo isso fez com que sumisse o sentimento de dor, e te acompanhar crescendo está sendo uma experiência fantástica. E orgulhosa.

Mas, não se esqueça do combinado. Você sempre será minha nenenzinha hein. Você prometeu.

Um exemplo de como você é perfeita é quando acaba a oração na hora da escola e você manda beijo para o papai do céu e para o vovô. O coração do papai se enche de alegria. E tenho certeza que o do vovô também.

Filha, nossa relação sempre foi marcada por música. Desde antes de você nascer já cantava para você na barriga da mamãe. Cantei muitas músicas para te fazer dormir, para parar de chorar, durante o banho. Músicas que existem ou inventadas. Nossas duas principais brincadeiras quando estamos no carro hoje em dia são: Adivinhar qual é a música e Escolher uma música para tocar.

Pois bem, esses dias ouvi uma música nova que não tinha como não pensar em você.

Vou por a letra aqui e o vídeo para que você possa ouvir sempre que quiser.

O nome da música é “Morena”, mas vou trocar por “Isabela” quando esse nome aparecer

Isabela

Vou ensinar a brincadeira do esconde esconde

Conto até cinquenta

E tenho que lhe encontrar

Não importa aonde

 

Debaixo da cama

Atrás da cortina

Você não pode dar sopa

Atrás de uma porta

Você se entorta

Pra caber em um guarda roupa

 

E quando eu te encontrar

Eu vou te abraçar

E mesmo que grite me deixa

Eu vou te agarrar

Eu vou lhe apertar

Eu vou morder sua bochecha

 

Ó Isabela

Seja assim sempre pequena

Seja sempre a razão

Pra gente perceber que a vida vale a pena

 

Ó Isabela

Seja sempre pequenina

Que eu vou ensinar o que você quiser saber

Pra ser minha menina

 

Vou ensinar a brincadeira do esconde esconde

Conto até cinquenta

E tenho que lhe encontrar

Não importa aonde

 

E quando você crescer

Tiver seu namorado for pra faculdade

Quando se mudar pra se casar

Ou estudar em uma outra cidade

 

É só se lembrar da brincadeira do esconde esconde

Conte até cinquenta

E espere que eu vou lhe encontrar

Não importa aonde

É isso minha filha. Não importa onde, quando, como e nem porquê. Precisando de mim pode me chamar. E se não precisar de mim, arrume um jeito de se esconder, porque mesmo assim eu estarei lá por você.

Obrigado, minha filha, por ser quem você é.

Obrigado, minha filha, por eu ser quem eu sou.

Feliz 6 anos de vida, minha Isabevita.

Os outros textos de aniversário estão aqui:
1 ano
2 anos
3 anos
4 anos
5 anos

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